segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Dinho rechaça debate sobre 2016, anuncia último mandato de vereador, comemora e diz acreditar na nova câmara com oposição construtiva


Se o regime fosse monárquico, certamente ele seria o 1º ministro. Adeildo Heliodo, ou simplesmente o Dinho como é conhecido desde a infância, assumiu ainda na juventude a responsabilidade de lutar por seus ideais e aos 26 anos de idade iniciou sua carreira política vencendo uma disputada eleição, a primeira após a redução de 19 para 11 cadeiras na câmara municipal de Cubatão.

Na casa de leis uniu forças ao lado do também eleito Prof. Wellington, à vereadora Márcia Rosa, grande revelação da oposição do PT após anos. 

Com a experiência de um bem sucedido advogado previdencialista, Dinho foi certamente um aliado e tanto de Márcia, e das tribunas do plenário passou a ser conhecido por seus gritos, gestos espalhafatosos, braços erguidos e indagações firmes que fazia à administração e a sua base de apoio. Sempre acompanhado de fotos, documentos e as vezes até adereços, como baldes que simbolizavam a falta de água no bairro da Vila Esperança, lá estava ele sempre pronto para o embate.

Como num jogo de vólei bol, em que a bola é levantada para o ataque final (cortada), Dinho nunca se importou em ser o levantador da equipe e passar os lances mais promissores para o arremate de Márcia. Unidos fizeram com que a minoria na câmara se agigantasse diante da base governista, passaram a lotar as galerias com populares e logo viram nas pesquisas o nome da vereadora, líder do partido despontar como pretensa candidata ao executivo.

Em 2008, teve recompensado seu trabalho ao participar da vitória petista, desta vez elegendo 4 vereadores na câmara, sendo ele o mais votado do grupo. Deixou por hora o função parlamentar e assumiu o que considera até hoje como um de seus maiores desafios, respondendo por cem dias pela secretaria de finanças do governo. Quem esperava que o fiel escudeiro da recém eleita prefeita fosse desfrutar de um cargo de destaque que lhe transferisse prestígio, viu Dinho metido em grande encrenca, assumindo uma pasta técnica, complexa e em um momento de transição política.

Após o período combinado, voltou a câmara e lá encontrou um outro cenário, de atirador passou à defensor. Na tribuna agora ao invés das denuncias, defesas e justificativas de um governo que ajudou a construir. Como em toda relação, viu a parceria com Rosa quase se findar após cobrar uma atitude do secretariado em plenário, chegou a definir-se independente, mas nada que uma conversa sincera entre amigos e companheiros não resolvesse.

Líder do governo, foi o principal articulador do grupo na casa. Em nova eleição não se importou com as acusações de que seria preferido dentro do partido, elegeu-se mais uma vez e mais uma vez foi o mais votado de sua coligação.

Antes da diplomação de seu terceiro mandato, anunciou que esta foi a última eleição objetivando a câmara, causando alvoroço e especulações sobre a sucessão do governo Márcia que nem se quer começou.

Apesar de ser apontado com destaque na lista de pretensos prefeituráveis, tranquilo, afirmou que estará a disposição do partido e que entende que este não deve ser o momento do debate em torno do tema.

Quem ouviu, ou ouvir a entrevista desta sexta-feira-09/11, certamente conhecerá um Dinho diferente se comparado ao combativo vereador de discursos inflamados.

 No fundo o mesmo menino que chegou cedo em Cubatão trazido pelo pai de Pernambuco em busca de novos tempos, ou talvez o garoto que alojado na Vila Parisi cuidou do bar da família junto do irmão mais novo, de onde tiravam o sustento. O mesmo garoto apaixonado por futebol e capaz de fazer loucuras pelo time do coração, como pintar a casa inteira de roxo e viajar para o outro lado do mundo em Dezembro próximo, pra ver o Corinthians jogar.

Aos 36 anos, Adeildo Heliodoro se nega a fazer projeções de futuro, grato pelo  que conquistou na cidade e orgulhoso pela história que escreveu quer continuar na vida pública,  de acordo com ele até quando entender que poderá contribuir para o crescimento de Cubatão. Certo é, que longos ou curtos 4 anos virão pela frente e enquanto isso ele continuará sendo quando acionado um personagem polêmico e de destaque no cenário político cubatense.

Ouça na integra o programa desta sexta-feira (09/11). *Para uma melhor audição clique em pausar ou abaixe o volume do link "OUÇA AO VIVO" na coluna à direita da página. 


Por Almir Junior 
* Ouça o Pgm. Comunidade em Foco de segunda à sexta-feira a partir da 9h/manhã em FM - 92,5 ou pela internet aqui no blog.

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